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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Essa vida viu, Zé. Pode ser boa que é uma coisa. 
Já chorei muito, já doeu muito esse coração. 
Mas agora tô, ó, tá vendo? De pedra. 
Nem pena do mundo eu consigo mais sentir. 
Minha pureza era linda, Zé, mas ninguém entendia ela, ninguém acolhia ela.
Todo mundo só abusava dela. 
Agora ninguém mais abusa da minha alma pelo simples fato de que eu não tenho mais alma nenhuma. Já era, Zé.
É isso que chamam de ser esperto? Nossa, então eu sou uma ninja. 
Bate aqui no meu peito, Zé? 
Sentiu o barulho de granito? 
Quebrou o braço, Zé? 
Desculpa! 

terça-feira, 13 de novembro de 2012


Hoje, recolhi os pedaços.
Amanhã, comprarei a cola.
Semana que vem, aguarde:
Vou colar tudo e sair inteira outra vez.


segunda-feira, 12 de novembro de 2012


Eu já ouvi me chamarem de metida,
Eu já ouvi me chamarem de egoísta,
Eu já ouvi me chamarem de linda, como também já ouvi me chamarem de feia,
Eu já ouvi me chamarem de meiga e outros concordarem que eu era grossa.
A questão é: Se eu acreditasse em tudo que me disseram, o que eu seria?
Um monstro?


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

quarta-feira, 7 de novembro de 2012


Não me encaixo em situações mal resolvidas. A gente tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. A gente paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado.
Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem "e se"! A gente completa o percurso e às vezes fica até andando em círculos, mas quando a gente muda de caminho, meu amigo, é fim de jogo pra você!

terça-feira, 6 de novembro de 2012

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

quinta-feira, 1 de novembro de 2012


Eu nasci no verão
Eu sou o verão. Você é outra estação.
Eu sou o fim do ano, sou reveillon os fogos coloridos. 
Você é agosto, vem com o vento e forte chuvas, você não me acalma.
Eu sou um dia quente, sou um passeio à beira mar, pés descalços o sol de fim de tarde.
Você é noite fria, muita proteção e pouca liberdade.
Eu sou o viajante, mochila nas costas, olhar deslumbrado para o que é novo. Você é moradia fixa, casa bem projetada, firme e imóvel.
Eu sou a consequência, o resultado, o trabalho feito e terminado. Você é por diversas vezes a minha causa, minha parada no caminho.
Eu sou a água, o gelo já derretido, transparente e constante. Você é fogo, o vapor disperso, confusão de partículas.
Eu não sou melhor, não sou a alegria personificada, não sou a paz materializada em vida, nem a razão muito menos a clareza, mas eu sou o que me faz bem, eu sou o tempo que não passa para algumas pessoas, o relógio que corre para trás. 
Mas você me tira isso, você derruba meus sorrisos, desvia meu olhar, abafa minhas palavras, me aprisiona em um lugar que só você sabe sair. 
Você não sabe o que fazer e não me deixa fazer o que eu sei.
Você é dúvida e eu não sou as respostas.

By Miro Andretto de Carvalho